CEMEC-SM
Centro de Memória Cultural Desembargador Manoel Maria Paiva de Vilhena.
Dentre os lugares de guarda dos acervos do sul de Minas Gerais destaca-se o Centro de Memória Cultural Desembargador Manuel Maria Paiva de Vilhena (inaugurado em 19 de maio de 2000), sediado nas dependências da UEMG Unidade Campanha. O CEMEC vem sendo coordenado pelo curso de História e pela coordenação de Pesquisa da unidade, funcionando como um laboratório de pesquisa para os discentes e docentes do curso de História da UEMG Unidade Campanha.
A criação do Centro de Memória foi um desdobramento do Projeto Memória Cultural do Sul de Minas, financiado pela FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais) no período de janeiro de 1998 a março de 2000.
O projeto foi desenvolvido em três áreas de pesquisa distintas: localização e mapeamento dos acervos documentais da região; organização e estudo do acervo fotográfico “Paulino de Araújo Ferreira Lopes”, e organização da documentação pertencente ao antigo Colégio Nossa Senhora de Sion. Este projeto foi uma parceria com a Universidade Federal de São João Del Rey e envolveu docentes e discentes bolsistas da então Fundação Cultural Campanha da Princesa através de sua faculdade.
Como centro de pesquisa documental consolidado e referencial para toda a região, o Centro de Memória Cultural Desembargador Manuel Maria Paiva de Vilhena guarda um acervo documental bastante significativo:
Processos Criminais (1883-1890);
Inventários Campanhenses (1768-1888);
Livros de Registros de compra e venda de escravos ( 1852-1872);
Acervo Fotográfico “Paulino de Araújo Ferreira Lopes” (1906-1960);
Documentação pertencente ao Colégio Nossa Senhora de Sion (1906-1965);
Documentação do antigo Colégio São João (1911-1965).
Após a fase de estruturação do Centro de Memória, desenvolve-se nas suas dependências o projeto Organização e descrição do acervo histórico forense de Lavras e digitalização de documentos, financiado também pela FAPEMIG, o qual iniciou em outubro de 2003 e foi concluído em setembro de 2005.
A documentação arrolada é de grande importância para o estudo das populações do período colonial e imperial brasileiro e podem contribuir para elucidar aspectos da vida quotidiana e da história social, econômica e administrativa das vilas e cidades sul - mineiras, nos séculos XVIII, XIX e XX.
Além de fonte para a pesquisa histórica no Sul de Minas, o Centro de Memória proporciona bolsas financiadas pelas agências de fomento à pesquisa e também oferece a oportunidade dos nossos discentes travar contato com os documentos logo no inicio do curso. Diversas disciplinas proporcionam momentos de leitura e interpretação documental.